Eles estão me seguindo
Subindo as escadas, ele chega ao primeiro andar, constantemente observando seus passos. Não há ninguém, mas ela sente que o estão seguindo. Há algo estranho no ar, algo espesso. Caminha até banheiro. É um banheiro velho, abandonado e em desuso.
As torneiras estão vazando e o barulho das gotas nas bacias de metal é ensurdecedor. Ele encara o espelho, velho, coberto de poeira. O assobio do vento escoa pela clarabóia e um suor frio escorre por suas costas. Ele está assustado. Há algo no espelho. Por um breve segundo, há algo no espelho.
Quando ele olha novamente, não há nada. As torneiras abrem. Tudo de uma vez. Eles giram as maçanetas e as alças abertas e jatos de água saem deles. Está com medo. Ele está assustado. Ele não grita, mas treme. Ele se esconde em um dos cubículos do banheiro. Ele fecha a porta e se encosta na parede oposta ao banheiro.
Atrás dele estão apenas os ladrilhos frios da parede. Mesmo assim, ele sente uma mão agarrar suas costas.
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