A menina que gostava do escuro

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    *Texto não revisado, podendo conter erros ortográficos.

    Endy sempre foi uma menina tímida, falava p'ra dentro com sérias dificuldades de comunicação, naturalmente se tornou antisocial na pré-adolescencia, pois não gostava das outras meninas da escola, do jeito agitado dos colegas, não, não tinha nada a ver com a Endy, pediu para sua mãe para estudar em casa, Mariana sua mãe realizou seu pedido pois Endy raramente pedia alguma coisa - era uma menina calma e quieta, não dava trabalho algum, segundo oque Mariana me contou.

    Foi assim que conheci Endy, sou a professora Júlia, fui contratada por Mariana para dar aulas particulares para a menina.

    Primeiro dia de atividades:

    _Olá Endy como está? Prazer me chamo Júlia sou sua professora agora, está pronta para os estudos?
    _ Oi professora sim estou pronta.
    _ Legal! na atividade de hoje vamos nos conhecer melhor, você gostaria de contar pra mim oque faz para se divertir?
    _ Im.
    _ Desculpa! Não entendi.
    _ Eu disse sim!

    Ela falava num tom muito baixinho quase um susurro, então me aproximo para mais perto dela.

    _ Você gosta de falar baixinho?
    _ Só consigo falar assim.
    _ Oque você mais gosta de fazer?
    _ Gosto de ficar no escuro.
    _ Oque te agrada no escuro?
    _ O silêncio, e bom o resto é segredo.
    _ E você professora não gosta do escuro?
    _ Na verdade eu não gosto muito, meu irmão mais velho me assustava com histórias de monstros quando eu era pequena, até hoje deixo a luz do corredor de minha casa acessa antes de ir dormir.
    _ Professora Júlia seu corpo descansa no escuro, não deveria ter medo, quando seus olhos fecham você vai para o escuro, não tem como fugir dele.
    _ Gostei, você parece ser uma garotinha muito corajosa, e só você e sua mãe que moram aqui?
    _ Sim, mamãe passa o dia todo no trabalho, eu gosto de ficar sozinha, papai eu não conheço.
    _ Sua mãe nunca falou sobre seu pai?
    _ Na verdade nem ela conhece ele.

    Imaginei que o pai fosse um canalha para mãe não ter falado quem é pra ela. Então mudei o assunto.

    _ Você gostaria de me fazer algumas perguntas?
    _ Apenas uma!
    _ Pode perguntar.
    _ Você aceita ficar no escuro comigo?

    Eu fiquei alguns segundos pensando, então respondi:
    _ Sim, mas pode ser amanhã?
    _ Sim amanhã vamos brincar no escuro, você vai gostar coisas legais acontecem.

    Achei muito estranha a forma como ela respondeu, mas pensei que fosse um jeito exótico de se divertir.

    No segundo dia de aula, eu ja havia preparado um exércicio de matemática para Endy.

    _ Olá Endy como está?
    _ Oi Júlia, está na hora de brincar no escuro.
    _ Depois da aula Endy hoje é matemática você precisa estudar.
    _ Ta, depois então.

    Passei os conteúdos para ela, depois fiz uma provinha ela acertou todos os cálculos.

    _ Muito bem Endy parabéns pelo desempenho!
    _ Muito obrigada! Agora podemos
    brincar?
    _ Ok Endy vamos brincar.

    Ja era um final de tarde , ela me leva para o seu quarto , fecha a porta e a tranca, tranca as duas janelas fecha as persianas, desamarra e solta as cortinas pretas. Deixando o quarto na completa escuridão.
    _ Nossa ficou escuro demais não consigo te ver.
    _ Eu posso te ver.
    _ Duvido muito! Não tem como ver nada.
    _ Você colocou a mão na cabeça, virou o pescoço para um lado e para o outro.
    _ Nossa! E oque estou fazendo agora?
    _ Você cruzou os dedos.
    _ Impossível! Como você viu isso?

    Ela fala com a voz grave e demoníaca:
    _ Agora você sabe meu segredinho querida professora Júlia! Mas você não gosta de mim!
    _ Gosto sim.
    eu tento abrir a porta , mas a chave derrete e queima minha mão.

    _ Não mente , não mente! Você não gosta do escuro. Tenho que mata você, eu sou a escuridão, você me odeia Não por favor me deixe sair, socorro! Socorro!

    Ela começa a rir de maneira histérica e macabra. Derrepente a porta destranca e eu saio correndo pela casa em pânico. A última frase dela foi:

    _ Hahaha! Agora eu sempre estarei contigo, basta você fechar os olhos hahahaha.
    Corri tanto entrei em meu carro e arranquei a todo vapor! Cheguei em casa em minutos nunca havia sentido tanto medo em minha vida.

    Chegando em casa eu ligo para mãe dela, e peço para vir até minha residência para um assunto sério.

    _ Alô Mariana, quero que passe em minha casa tenho um assunto importante para conversar com você.
    _ Aconteceu algo com a Endy?
    _ Ela está bem, mas quero falar algo importante sobre ela.
    _ Ta ok, assim que eu sair do trabalho vou direto para sua casa.

    Mariana chega peço para ela entrar e então eu falo:
    _ Sua filha tem poderes anormais.
    _ Eu sei
    _ Oque? Você sabe?
    _ Sim eu era uma mulher estéril, fiz trabalhos de magia negra para ter minha filha eu amo ela , mesmo com esses poderes malignos.
    _ Porque você me contratou? Agora ela está me atormentando sempre que fecho os olhos ela aparece para mim.
    _ É só você brincar com ela no escuro e
    não a contrariar que não terá problemas.

    Mariana falou isso com um sorriso no canto do rosto e foi embora.

    Meu Deus! O que faço eu pensei, a mãe é uma maluca Endy pode ser muito perigosa, ela não saia da minha mente.

    No dia seguinte após ter vários pesadelos com Endy, fui até a casa dela com meu material de trabalho, como se eu fosse dar uma aula normal para um aluno.

    Quando chego ela me diz ironicamente:

    _ Bom dia professora como se senti?
    _ Estou bem, perdi o medo do escuro!
    _ Veremos!

    Derrepente entra uma névoa negra na salinha de aula, a névoa se instala nas paredes, escurecendo todo o lugar fiquei ali com ela em trevas.
    Meu coração acelerou, meu corpo ficou trêmulo não consegui contralar o medo.

    Ela começou a falar novamente com a voz de demônio:

    _Professora você não pode me enganar sinto o doce cheiro do seu medo , pena que você não pode ver o que estou vendo, sua alma está muito suculenta não vejo a hora de devorar ela.
    _ Meus Deus socorro! Socorro! Me ajude! Me tire daqui! Socorro!
    _ Sua inútil você nem acredita em Deus! Você é minha!
    _ Não! Socorro! Se você existe Deus também existe.

    Derrepente meu corpo começa a flutuar e sinto algo me apertando contra a parede perto do forro.

    _ Chega de conversa vou sugala para dentro de mim.

    Para minha salvação a porta da sala de aula abre, as névoas negras vagarosamente começam a sumir, Mariana entra na sala com uma arma apontada em sua própria cabeça.

    _ Mamãe não mamãe! Oque você está fazendo maezinha?
    Mariana:
    _ Não posso deixar você fazer isso filinha, você já fez isso com sua coleguinha que vinha aqui, você não poupou nem nosso gatinho e o cachorrinho. Agora está querendo fazer o mesmo com a professora. Eu rachei minha alma em duas para te dar a vida , só eu posso tirala.

    _ Não mamãe você não está pensando direito.

    Mariana atira em sua própria cabeça, Endy começa urrar pavorosamente, do seu shorte pude ver um líquido negro escorrer por suas pernas, logo pelos ouvidos, nariz , olhos. Até ela se derreter completamente, o líquido negro evapora para dentro do chão, do mesmo chão surge um buraco onde sai uma enorme mão esquelética negra, essa mão de caveira puxa o corpo de Mariana para debaixo do solo.

    Conto de "Ficção" produzido e apresentado por "Dionatan Contista"
    Tio Lu
    Tio Lu Os meus olhos contemplaram fatos sobrenaturais e paranormais que fariam qualquer valentão se arrepiar. Eu não sou apenas um investigador, tampouco um curioso, sou uma testemunha viva de que o mundo sobrenatural é mais real do que se pensa.

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