Conto de Terror: Abominação e Arte

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    Sandina não fizera esforço algum para obter o emprego no luxuoso Hotel Rousseau. Experiência no trabalho não lhe faltava por conta dos vinte anos como arrumadeira na mansão dos Capobianco. 

    No último sábado quando ia saindo do quarto 221, apressada para não perder o último trem, ouviu um estranho ruído e retornou ao imponente aposento a fim de averiguar sua origem. O curioso som, que lembrava um sibilo de inseto, provinha debaixo da enorme cama “king size”.

    Sandina ajoelhou-se e espiou com espanto o crescimento de uma tênue luz arroxeada que vinha em sua direção tomando por inteiro suas mãos, braços e finalmente o corpo inteiro, entorpecendo seus sentidos.
    Passados dois dias, adentra ao quarto um inspetor da polícia local para investigar o sumiço da serviçal. Recebera informações de que ali, Sandina foi vista pela última vez. Tentava-o, pelo menos descobrir alguma pista que elucidasse o caso. Seu único filho, em pânico, não fazia a mínima idéia do que podia ter acontecido à mãe. Já ligara para todos os conhecidos, passara por diversos hospitais e visitara até o necrotério temendo o pior, mas nenhuma notícia obteve.

    O velho policial revirou o quarto inteiro e não encontrando nada, foi embora. Só não reparou na belíssima pintura a óleo sobre a escrivaninha retratando uma paisagem bucólica do medievo: “Bruxas” capturadas pela Santa Inquisição e dentre elas um desfocado vulto azul com a dor marcada na face e os olhos esbugalhados de medo e horror.

    Escrito por Carlos Rogerio Cassano
    Sex, 06 de Março de 2015
    Tio Lu
    Tio Lu Os meus olhos contemplaram fatos sobrenaturais e paranormais que fariam qualquer valentão se arrepiar. Eu não sou apenas um investigador, tampouco um curioso, sou uma testemunha viva de que o mundo sobrenatural é mais real do que se pensa.

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