Elemento importante do organismo pode ser de origem extraterrestre

Uma equipe conjunta de pesquisadores da Universidade Friedrich Schiller de Jena e do Instituto Max Planck de Astronomia encontrou uma nova pista para o mistério da origem da vida. Os cientistas realizaram um experimento e provaram que os peptídeos podem se formar no espaço sideral.

O estudo foi publicado na revista Nature Astronomy e brevemente descrito no site da Universidade de Jena. O objetivo do novo estudo foi testar se os peptídeos podem se formar na superfície da poeira em condições semelhantes às que prevalecem no espaço sideral.

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Essas moléculas são um dos “blocos de construção” básicos de toda a vida. Os peptídeos consistem em aminoácidos individuais dispostos em uma determinada ordem e desempenham várias funções no corpo – eles “transportam” substâncias, aceleram reações, formam andaimes estabilizadores nas células, etc. As propriedades específicas dos peptídeos são influenciadas pela ordem dos aminoácidos .

Até recentemente, acreditava-se que os peptídeos se formavam na Terra, e essa foi a principal razão para o surgimento da vida. Recentemente, no entanto, mais e mais hipóteses foram ouvidas de que essas moléculas poderiam ter aparecido não em nosso planeta, mas, por exemplo, em nuvens moleculares cósmicas.

Em um novo estudo, os cientistas realizaram um experimento. Eles recriaram em laboratório as condições que prevalecem nas nuvens moleculares cósmicas.

Produtos químicos como carbono, amônia e monóxido de carbono estão presentes em partículas de poeira no vácuo. Uma câmara de ultra-alto vácuo serviu de modelo, na qual essas substâncias foram trazidas à superfície de partículas de poeira a uma determinada pressão e temperatura.

“Estudos mostraram que, nessas condições, o peptídeo poliglicina foi formado a partir de produtos químicos simples”, diz o Dr. Serge Krasnokutsky, principal autor do estudo. “Assim, foram obtidas cadeias do aminoácido glicina muito simples. Observamos seus diferentes comprimentos. As amostras mais longas consistiam em onze unidades de aminoácidos.”

Em uma palavra, o experimento provou que não apenas aminoácidos, mas também cadeias peptídicas podem ser criadas em condições espaciais. Esta descoberta fornece uma nova chave para entender a origem da vida na Terra.