Descoberta criatura que vive da eletricidade

Leitura em 2 min

Índice de conteúdo

Em 2013, uma pesquisadora da USC Annette Rowe encontrou "micróbios comedores de eletricidade" à espreita em sedimentos ricos em ferro da Ilha Catalina, na Califórnia.

Eletrodos colocados na amostra de água excitam os micróbios estranhos em um estado de consumo de elétrons chamado transferência direta de elétrons. As minúsculas fontes de vida realmente comem metal e eletricidade para se sustentar e existem tanto no mar quanto na terra, às vezes em profundidades extravagantes. Enquanto as criaturas existem na natureza, o conceito de cultivá-las em laboratório está mudando neste momento.

É difícil entender como uma forma de vida pode viver do consumo de energia, mas a função biológica dos elétrons para a existência da vida é essencial. Todas as formas de vida usam elétrons como fonte de energia. Padrões elétricos guiam nossas funções cerebrais e corporais como um exemplo. Uma relação fundamental de usar padrões elétricos para controlar nossos corpos parece muito diferente do que usar elétrons como alimento!

Os cientistas descobriram que as bactérias elétricas são obtidas a partir de rochas e metais. Sabe-se que existem duas formas, Shewanella e Geobacter. Ambas as bactérias podem reduzir íons perigosos de metais pesados com ou surpreendentemente sem a presença de oxigênio, um ingrediente-chave para a vida. Os micróbios têm a capacidade de transferir elétrons por seu comprimento, possivelmente pelo uso de nanofios. Os benefícios de tal poderiam ser a limpeza de resíduos atômicos ou a criação de eletricidade a partir de hidrogênio e carbono, dependendo da aplicação. As membranas celulares tornam-se pontes elétricas para conseguir isso.

A presença de micróbios que consomem e transferem eletricidade pode desempenhar um papel importante na forma como visualizamos a vida no universo. O planeta Marte parece ser um mundo seco na superfície, mas sob sua superfície podem existir condições adequadas que podem abrigar vida extraterrestre com base em recentes descobertas de bioelétrons.

Referência:

https://www.quantamagazine.org/20160621-electron-eating-microbes-found-in-odd-places/