Quando a dor toma conta - Horror Poesia
Fotos em tons de cinza pendem da parede
Agulha perfura as emoções de saudade
Tristeza e lágrimas inundam a casa
Amanda, onde está? Ninguém responde, apenas o vazio abraça
O quarto da filha permanece vazio
Um cheiro de desespero e desafio
Evinha vê algo líquido e pegajoso
A avó se torna amarga e impaciente, o tempo é doloroso
Davi brinca durante o dia, mas à noite
A avó quer silêncio, ele mente para seguir seu rito
Móveis desaparecem na penumbra, seu medo se intensifica
A escuridão o envolve, seu coração dispara, a angústia o multiplica
Uma mão toca seu ombro, um grito escapa
Mas não há ninguém ali, apenas a escuridão que se alastra
Uma mão fria e pegajosa o agarra com violência
Gritou, esperneou, mas ninguém veio em sua defesa
Seu corpo desapareceu na escuridão, sem retorno
Dona Evinha acordou com um grito agudo, num descompasso interno
Buscou em cada canto da casa, mas seu neto não encontrou
Perdeu sua razão de viver, a dor lhe tomou
A tristeza se fez senhora, a velha senhora sem mais nada
Perdeu sua filha, seu neto, sua esperança abandonada
Deixou este mundo, sozinha, naquela noite fria
Com sua dor eterna, em meio à escuridão vazia.
Horror Poesia é a seção onde mergulharemos em um mundo assustador e sombrio, onde a arte da poesia é usada para descrever o inominável, o inexplicável e o macabro.
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