A Porta que Nunca Deveria Ter Sido Aberta
Eu jamais deveria ter aberto aquela porta,
No porão daquela casa antiga e misteriosa,
Mas a curiosidade e a ânsia de aventura,
Me levaram a tomar uma atitude impetuosa.
A porta era maciça, escura e envelhecida,
Com entalhes e gravuras sombrias e estranhas,
Tinha um peso enorme e estava emperrada,
Mas eu me esforcei e a abri com minhas mãos.
Um cheiro fétido e nauseante subiu do porão,
E uma névoa densa e opaca envolveu meu rosto,
Eu hesitei um instante, mas minha curiosidade,
E meu ímpeto insano, me fizeram continuar.
Desci a escada íngreme e cheguei a um salão,
Que parecia um labirinto de paredes de pedra,
Escuro e sinistro, com goteiras e ruídos,
Que me fizeram estremecer de medo e angústia.
Andei alguns passos, e vi uma luz tênue,
Que parecia vir de um lugar distante e profundo,
Segui em direção a ela, cada vez mais assustado,
Até que cheguei a uma porta, a única no fundo.
A porta era diferente da primeira, e mais sombria,
Com runas e inscrições que eu não conseguia ler,
Mas algo dentro de mim me disse que era a porta,
Que jamais deveria ter sido aberta por alguém qualquer.
Minha mão tremeu, mas eu a empurrei com força,
E a porta se abriu com um ranger ensurdecedor,
E eu fui tragado para dentro, em uma espiral,
De escuridão, terror, loucura e pavor.
O submundo se abriu diante de meus olhos,
E eu vi horrores que nenhum ser humano deveria ver,
Criaturas abissais, demônios, espectros e monstros,
Que me arrastaram para dentro de sua insanidade sem calma.
Eu jamais deveria ter aberto aquela porta,
No porão daquela casa antiga e misteriosa,
Mas agora é tarde demais, eu sou um prisioneiro,
Do submundo, do horror, da dor e da aflição eterna.
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