O Retorno da Depressão

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    O Retorno da Depressão é um poema de terror que explora a vulnerabilidade da psique humana diante do terror e como ele pode deixar marcas indeléveis.

    Imagem: Edição de Gustavo José

    Parte I - A tormenta

    Do além vem um sopro gélido
    Que traz consigo o medo antigo
    Um arrepio percorre a espinha
    Pois o terror está de volta, ainda que sozinha

    Uma ferida se abre na alma
    E a esperança se esvai como a calma
    Não há escapatória, nem alívio
    A dor se instala como um cativeiro

    A mente se enche de visões
    De monstros, sombras e ilusões
    A razão já não tem mais domínio
    Só restam o desespero e o abandono

    O terror se alimenta da fragilidade
    E deixa em nós a marca da insanidade
    Não há como fugir, nem resistir
    Pois a ferida sempre pode abrir

    E quando menos se espera, ele retorna
    Com sua fúria, sua raiva e sua força
    Pois o terror sempre pode voltar
    Na forma de uma nova ferida, para nos atormentar. 

    Parte II - O fim da estrada
    Seus passos ecoam no vazio
    Um arrepio percorre seu corpo frio
    Não há luz, nem som, nem cor
    Apenas o terror que se instaura como um horror

    Os olhos buscam em vão uma saída
    Mas só encontram o abismo da ferida
    É como estar preso em um pesadelo
    Sem chance de acordar ou de fugir do medo

    A mente se fragmenta em pedaços
    E cada um deles se transforma em escombros
    A sanidade já não é mais realidade
    Apenas a dor e a angústia da obscuridade

    O terror sempre volta, impiedoso
    E nos consome como um fogo ardente e doloroso
    Não há como escapar, nem como lutar
    Pois a ferida sempre pode se abrir, e nos derrubar

    E assim, se encerra a história do terror
    Que sempre retorna como um horrível caçador
    E nos deixa marcados para sempre
    Com a cicatriz da ferida que nunca se esquece e que se torna parte da gente.
    Até que um dia, o último suspiro ecoar
    Do espírito que se foi, para nunca mais retornar.
    Tio Lu
    Tio Lu Os meus olhos contemplaram fatos sobrenaturais e paranormais que fariam qualquer valentão se arrepiar. Eu não sou apenas um investigador, tampouco um curioso, sou uma testemunha viva de que o mundo sobrenatural é mais real do que se pensa.

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