A NASA redirecionou inadvertidamente vários asteroides para Marte


Em 2022, a Nasa fez um avanço tecnológico ao enviar a espaçonave DART para colidir com o asteroide Dimorphos, do tamanho da Grande Pirâmide de Gizé. O objetivo desta missão foi demonstrar a possibilidade de mudar a trajetória de objetos espaciais, um passo crucial para proteger nosso planeta de potenciais ameaças representadas por asteroides. O DART não apenas desviou Dimorphos com sucesso, mas também ejetou várias rochas do asteroide para o espaço. E, de acordo com cálculos, alguns deles podem acabar em Marte.

Uma missão cheia de lições

A missão DART da NASA foi lançada com sucesso em 2022 para estudar o asteroide Dimorphos, uma lua de Didymos em um sistema binário de asteroides. Dimorphos foi escolhido como tema porque oferece uma oportunidade única de estudar a resposta do asteroide a uma colisão de alta velocidade. A colisão planejada com a espaçonave DART deveria desviar sua órbita para testar essa aproximação no caso de uma ameaça real à Terra.

Além do objetivo principal de desviar a órbita, a missão também teve como objetivo estudar os efeitos mecânicos da colisão. Observações de radar e eclipses mútuos revelaram uma longa cauda de poeira semelhante a um cometa. Inicialmente, essa poeira dificultou a observação clara dos resultados da colisão. Com o tempo, no entanto, os detritos se dissiparam, permitindo que o Telescópio Espacial Hubble identificasse cerca de quarenta rochas individuais se movendo junto com o sistema Didymos/Dimorphos. Algumas dessas rochas, com diâmetros de quatro a sete metros, conseguiram escapar da atração gravitacional do sistema.

Asteroide Dimorphos cercado por rochas.

Marte pode ser ferido

Recentemente, simulações numéricas previram que esses objetos não representarão uma ameaça para a Terra durante esse período. Marte, por outro lado, pode estar em perigo de colisão. Embora sua velocidade média seja baixa, essas rochas estão agora em trajetórias que as levarão a cruzar a órbita de Marte várias vezes nos próximos 20 mil anos.

Estima-se que tais colisões podem ocorrer cerca de duas vezes a cada 6.000 anos e outras duas vezes a cada 15.000 anos no futuro. Embora se espere que a maioria das rochas se quebre em fragmentos ao entrar na atmosfera marciana, algumas podem formar pequenas crateras de impacto de cerca de 200 a 300 metros de diâmetro se conseguirem chegar à superfície.

Como tal, os resultados deste estudo fornecem informações importantes sobre o perigo potencial que os impactos de asteroides podem representar para Marte em um futuro distante.
Gustavo José
Gustavo José Fascinado pelo mundo do terror e do suspense, sou o fundador do blog Terror Total, onde trago histórias envolventes e arrepiantes para os leitores ávidos por emoções fortes.

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