Más notícias para a vida em Marte?

Marte

Marte é um deserto seco e árido. No entanto, abundantes evidências geológicas sugerem que, bilhões de anos atrás, a água fluía pela superfície do Planeta Vermelho. Essa água poderia ter criado um ambiente favorável para a vida como a conhecemos. Mas será que essa vida teve tempo de emergir e evoluir? O estudo lança dúvidas sobre isso.

Como Marte perdeu toda a sua água?

Em comparação com a Terra, Marte é pequeno em tamanho e tem menos massa. Como resultado, o planeta formou um campo gravitacional limitado. Essa característica levou a consequências significativas: a maior parte do nitrogênio contido em sua atmosfera escapou rapidamente. O planeta então esfriou rapidamente, fazendo com que seu núcleo anteriormente líquido se solidificasse. Como resultado, Marte perdeu seu campo magnético.

Sem um campo magnético protetor, Marte foi exposto ao vento solar, que gradualmente erodiu sua atmosfera. Ao mesmo tempo, a atividade vulcânica diminuiu à medida que os vulcões atuam como vertedouros, liberando energia em excesso. A redução da atividade vulcânica acabou impedindo a liberação de gases, especialmente dióxido de carbono, que é necessário para manter uma atmosfera densa.

A falta de nitrogênio e dióxido de carbono adicionais impediu a renovação da atmosfera marciana. Os gases restantes acabaram se dissolvendo na água líquida, fazendo com que a pressão atmosférica caísse. A baixa pressão atmosférica dificulta a manutenção da água no estado líquido. Como resultado, a água marciana gradualmente se transformou em vapor. A radiação solar contribuiu para a decomposição das moléculas de água na atmosfera superior.

Os cientistas acreditavam que a água líquida havia fluído pela superfície de Marte por um longo tempo, talvez até milhões de anos. Essa ideia foi baseada em várias observações geológicas, como a presença de uma rede de vales, rios fósseis e leitos de lagos secos, além de evidências da presença de minerais formados na presença de água. Essas observações sustentavam a existência de vida. No entanto, novas pesquisas lançam dúvidas sobre essa noção.

O passado molhado acabou sendo mais curto do que o esperado

Dados recentes de simulações de laboratório e observações de campo indicam que as voçorocas observadas em Marte podem ser o resultado de processos como a evaporação explosiva do gelo de dióxido de carbono, em vez da ação a longo prazo da água líquida.

Essa hipótese baseia-se no fato de que, durante os invernos marcianos, o dióxido de carbono presente na atmosfera se solidifica e forma gelo de dióxido de carbono. Quando as temperaturas sobem com a chegada da primavera, esse gelo pode sublimar diretamente em gás sem se tornar um líquido. Este processo é particularmente explosivo devido à baixa pressão atmosférica em Marte, o que resulta em fluxos de material semelhantes aos fluxos de detritos observados na Terra.

Os pesquisadores simularam essas condições em laboratório para entender melhor o processo de sublimação do gelo de dióxido de carbono em um ambiente marciano simulado. Experimentos mostraram que esse processo pode moldar a paisagem marciana de forma semelhante à ação da água, o que lança dúvidas sobre a origem de algumas das voçorocas observadas no Planeta Vermelho.

Essa descoberta tem implicações importantes para a busca por vida no planeta. Isso sugere que os períodos durante os quais as condições favoráveis à vida em Marte podem ter persistido, pelo menos na superfície, podem ter sido mais curtos do que se pensava anteriormente. Claro, isso não significa que Marte era completamente desprovido de água, apenas que seu papel na formação da paisagem pode ter sido menos significativo do que se pensava anteriormente.

Os detalhes do estudo foram publicados na revista Communications Earth & Environment.
Gustavo José
Gustavo José Fascinado pelo mundo do terror e do suspense, sou o fundador do blog Terror Total, onde trago histórias envolventes e arrepiantes para os leitores ávidos por emoções fortes.

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