Nos últimos 75 anos, nossos cérebros se tornaram surpreendentemente maiores
O cérebro humano continua sendo um dos órgãos mais misteriosos de todo o reino animal. Altamente desenvolvido e complexo, desafia constantemente nossas tentativas de entendê-lo. Mesmo seu tamanho, que é um elemento fundamental, ainda esconde muitos mistérios. Teorias recentes, apoiadas na ideia de que o corpo humano está encolhendo de tamanho, sugerem que seu volume pode estar diminuindo. No entanto, um novo estudo lançou luz sobre essas controvérsias, mostrando resultados surpreendentes: em escalas de tempo mais curtas, o cérebro humano cresce.
A evolução do cérebro em poucas décadas
Os pesquisadores conduziram este estudo para examinar as mudanças no tamanho do cérebro humano ao longo de décadas. Seu principal objetivo era determinar se o tamanho do cérebro aumentava em pessoas nascidas nas décadas de 1930 e 1970 por várias razões. Por um lado, esse período abrange um longo período de tempo, o que permite registrar eventuais mudanças de gerações. Em segundo lugar, as décadas entre as décadas de 1930 e 1970 foram marcadas por transformações significativas nas sociedades ocidentais, incluindo avanços na saúde e na educação, bem como mudanças nos estilos de vida e no meio ambiente.
Ao comparar coortes nascidas em momentos-chave desses eventos, os pesquisadores esperavam identificar tendências nas mudanças no tamanho do cérebro e sua relação com essas mudanças. Na análise, os pesquisadores analisaram medidas como o volume total do cérebro, a área de superfície cortical e o tamanho de estruturas específicas, como o hipocampo, uma área importante para a memória e o aprendizado.
Evolução Mozga e Influência da Sociedade
A análise encontrou um aumento médio no tamanho do cérebro de 6,6% entre os dois grupos de pessoas. Esse aumento foi perceptível tanto no volume total do cérebro quanto na área de superfície do córtex, a parte externa do cérebro envolvida em funções cognitivas superiores. Além disso, houve um aumento de estruturas-chave, como o hipocampo.
Os pesquisadores também discutiram o papel potencial de melhorias na saúde e educação no aumento do tamanho do cérebro. Eles sugerem que o acesso a melhores cuidados de saúde e educação pode ter contribuído para o desenvolvimento ideal do cérebro em pessoas nascidas na década de 1970 em comparação com aquelas nascidas na década de 1930.
Os pesquisadores também levantaram a hipótese de que esse aumento no tamanho do cérebro pode desempenhar um papel na redução na incidência de demência observada ao longo do tempo. Pelo menos nos EUA, a incidência geral da doença diminuiu 20% desde a década de 1970.
De acordo com os autores, um cérebro maior pode servir como um amortecedor contra os efeitos debilitantes de doenças cerebrais como o Alzheimer, prolongando a saúde cognitiva de adultos mais velhos.
O cérebro humano está mais uma vez demonstrando sua capacidade de surpreender e refutar nossas expectativas. Esses resultados reforçam a importância de considerar os impactos ambientais e sociais em nossa compreensão desse corpo extraordinário.
Os detalhes do estudo foram publicados na revista JAMA Neurology.
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